ASN MT Atualização
Compartilhe

Dois projetos de MT vão representar o estado na fase nacional do Desafio Liga Jovem

Estudantes de Campo Verde e Tangará da Serra concorrem na fase final da premiação que reconhece projetos de inovação e tecnologia em todo o país
Por Assessoria de Imprensa do Sebrae/MT
ASN MT Atualização
Compartilhe

Dois projetos de inovação e tecnologia desenvolvidos por estudantes da rede pública de ensino de Mato Grosso foram selecionados para a etapa nacional do 2º Desafio Liga Jovem, realizado pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria com o Instituto Ideias de Futuro. A competição é a maior em empreendedorismo tecnológico escolar à nível nacional e reconhece iniciativas desenvolvidas por alunos do ensino fundamental ao superior.

Neste ano, dos quatro representantes do Centro-Oeste que vão concorrer entre as categorias de premiação, dois são do Mato Grosso. A fase final ocorrerá durante a Conferência Anual de Startups e Empreendedorismo (CASE), realizada no Parque Ibirapuera, em São Paulo, entre os dias 26 e 29 de novembro.

Para a fase nacional, foram selecionados os projetos: “Sistema Integrado de Controle e Segurança”, desenvolvido pela equipe Wire Wizards, da Escola Estadual Ulisses Guimarães, em Campo Verde; e o “Eco-tube”, desenvolvido por estudantes da Universidade Estadual de Mato Grosso Carlos Alberto Reyes Maldonado (Unemat), em Tangará da Serra.

Caso as equipes mato-grossenses sejam vencedoras da etapa nacional, além da premiação que conta com equipamentos de estudo, os estudantes também ganharão uma viagem para Lisboa, Portugal, e participarão da “Sinfo”, uma das maiores conferências voltadas para o setor tecnológico do país, entre os dias 17 e 24 de fevereiro de 2025.

O gestor do programa Educação que Transforma do Sebrae/MT, Felipe Tavares, acredita que o sucesso destes projetos se dá pelo engajamento dos alunos e apoio dos professores. “Quando a gente consegue trazer para o professor, a visão de que o Sebrae consegue complementar as metodologias aplicadas em sala de aula, é que a gente consegue enxergar um sucesso nestes resultados”, pontua.

Categoria Ensino Médio

Equipe “Wire Wizards”, de Campo Verde, recebe premiação da etapa estadual do Desafio Liga Jovem

Uma equipe de quatro estudantes: Luiz Henrique, Maxson Schuastz, Nicollas Munz e Nicollas Franco, orientada pelo professor de física Cleverson Moura, desenvolveu um protótipo que tem como objetivo promover uma maior segurança à comunidade escolar. O aparelho físico deve monitorar a entrada de estudantes, professores e funcionários no ambiente escolar, garantindo um melhor controle sobre o fluxo de pessoas presentes na escola.

Além disso, os estudantes visaram proporcionar uma economia de tempo durante as aulas, pois o aparelho também registra, de forma automática, a presença dos alunos na sala. A ideia, segundo os próprios alunos, surgiu após a onda de ataques em unidades educacionais no ano passado.

Para o aluno Maxson Schuastz, de 18 anos, a ideia conseguiu despertar nele o “espírito empreendedor”. “A gente conseguiu desenvolver, através de todos os nossos desafios, buscar ideias e criar novos empreendimentos e conseguir liderar empresas”, afirma.

“À medida que os meninos foram ganhando cada etapa, a expectativa foi crescendo. Isso vem tomando forma à título de desenvolver um material acadêmico ou até uma empresa, uma startup. A gente tem muita expectativa acerca disso, eles estão abraçando a causa de obter um novo conhecimento”, conta o professor.

Categoria Ensino Superior

Estudantes universitários de Tangará da Serra recebem premiação da etapa estadual do Desafio Liga Jovem

Os estudantes universitários do curso de Administração, Amanda Lima e Matheus Antônio, orientados pela professora Paula Brito, foram os responsáveis pela criação do projeto “Eco-tube”, que tem como objetivo reaproveitar materiais descartados no meio ambiente, para produzir um “tubete biodegradável” para produção agrícola, destinado a suprir a demanda nutricional das plantas e evitar o gasto com fertilizantes químicos e, com isso, zerar o consumo plástico na produção.

Um dos criadores do projeto, Matheus Antônio, afirma se sentir realizado ao ver o projeto ganhar notoriedade. “Ver uma ideia que estava só no papel, se desenvolvendo, criando corpo e agora estar representando o Mato Grosso em um desafio nacional é muito gratificante. É importante a gente fomentar o desenvolvimento nas universidades e na academia para que novas ideias possam surgir”, conta Matheus.

“É como se fosse um vaso de plantas, só que mais sustentável. A ideia, é substituir os materiais, como o plástico, que faz mal à saúde, para orgânicos, como casca de banana, casca de ovo e fibra de coco. Isso protege a planta, agindo como um adubo. Nosso material também reduz a utilização de adubos químicos”, explica a professora.