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Não há dúvida de que a gastronomia é um elemento cultural da maior relevância. Ela diz muito sobre os aspectos geográficos de uma região, sobre a cultura de um povo, seus hábitos e costumes, sua economia. No Pantanal não é diferente. Aliás, a cozinha pantaneira é rica, não só em sabores, mas também carrega elementos dessa região cujas características são únicas, onde a vida segue o fluxo das águas, onde cheia e vazante determinam o ritmo das coisas.

Um lugar em que as comitivas vão e vêm levando o gado de áreas mais baixas para as mais altas, num movimento que garante a sobrevivência não só do rebanho como da pecuária, uma das atividades econômicas mais tradicionais do Pantanal. Uma exposição como a “Casa do Brasil Central, do Cerrado ao Pantanal”, em cartaz no Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro (CRAB), na Praça Tiradentes, no Rio de Janeiro, até 30 de outubro, não poderia se furtar a tratar do tema gastronomia.

Como a mostra se espalha pelos cômodos da casa de 440 m², não poderia faltar a “cozinha”. Lá estão painéis com imagens de frutos do Cerrado e do Pantanal, cestos, panelas, tábuas de madeira, panos de prato, toalhas de mesa e tantos outros itens desse ambiente que normalmente é o centro de muitas casas. E no encerramento da Semana Pantaneira, de 18 a 23/10, foi montada uma cozinha de comitiva na Praça Tiradentes. O público pode degustar um macarrão de comitiva, comida típica da região conhecida como “berço das águas”.

A iguaria foi preparada pelo casal de pantaneiros Edson Lopes e Lílian Leite Benites, nascidos e criados em Miranda (a 207 km de Campo Grande) no pantanal sul-mato-grossense. E servida para o público presente. Mariana Ferreira, 32, provou o prato e disse que gostou muito do sabor da comida que para ela era completamente desconhecida.

O carioca Fernando Lopes, 52, também fez questão de provar o macarrão e ressaltou a praticidade do prato sem perder em sabor. “É muito apetitoso e parece simples de fazer”, disse disposto e repetir a dose. Enquanto trançava um laço com couro de boi, Edson vai contando que a carne seca é base da comida de comitiva, por ser um alimento que pode ser transportado por vários dias sem estragar ou perder suas qualidades, como sabor, textura e nutrientes.

Não é à toa que ela entra na composição do arroz carreteiro, macarrão de tropeiro, feijão gordo (feito com a gordura da carne seca, com o granito, como dizem). Ele, que conheceu o Rio nesta “comitiva” cultural, se disse muito orgulhoso de poder mostrar aos cariocas um pouco da cultura pantaneira. “Mesmo que é de Mato Grosso do Sul conhece de perto”.

Além de comandar a cozinha, Edson e a mulher não se furtam à lida no Pantanal no que concerne a acompanhar uma comitiva. E provaram isso manuseando o reado, uma espécie de chicote que faz barulho estridente e direciona o rebanho. Os dois ainda tocaram o berrante mostrando os diferentes sons para cada situação na jornada de uma comitiva.

A exposição “Casa do Brasil Central, do Cerrado ao Pantanal” reúne 6.400 obras de mais de 150 artesãos do Centro-Oeste e é promovida pelo Sebrae de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal. Com curadoria de Renato Imbroisi, é uma das maiores e mais diversificadas mostras de artesanato brasileiro no CRAB.

Serviço:

Exposição “Casa do Brasil Central, do Cerrado ao Pantanal”

Período: Até 29 de outubro de 2022

Endereço: Praça Tiradentes, 69/71, Centro do Rio de Janeiro/ RJ.

Funcionamento: De terça-feira a sábado, das 10h às 17h.

Ingresso: Entrada gratuita

Site: https://crab.sebrae.com.br/

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