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Quase 70% das pequenas empresas brasileiras adotam alguma prática ESG

A média de execução de alguma prática ESG por Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) é composta pelos aspectos: ambiental (75%), social (56,4%) e governança (87,2%).
Por Assessoria de Imprensa do Sebrae/MT
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A média de execução de práticas ESG – siglas em inglês que significa Ambiental, Social e Governança – atingiu 68,61% entre as pequenas empresas, de acordo com pesquisa realizada pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/MT), no mês de agosto de 2022. A preocupação com a redução de impactos do negócio ao meio ambiente foi o aspecto de maior destaque com 75% de realização entre as empresas. Na sequência ficaram a governança, com 87,2%, e social (43,64%), aponta a “Pesquisa sobre o engajamento dos pequenos negócios brasileiros às práticas ESG (Environmental, Social and Governance)”.

O objetivo da pesquisa foi diagnosticar o conhecimento e engajamento das micro e pequenas empresas brasileiras em sustentabilidade norteada por iniciativas ESG.

Do ponto de vista de execução de práticas ambientais e preocupação com a redução de impactos do negócio ao meio ambiente, 75% informaram realizar essas práticas. Quando questionados sobre a execução de práticas sociais, o resultado cai para 56,4%.

“Diferente das práticas ambientais, as ações sociais têm menor aderência nos Pequenos Negócios”, destaca a pesquisa.

A governança é a temática mais adotada. Segundo os respondentes, a proporção de pequenos negócios que adotam algum modelo ficou em 87,2%, para 12,78% que não realizar.

“A indicação é de que as micro e pequenas empresas entrevistadas adotam práticas ESG movidas não tanto pela pressão que percebem receber de suas partes interessadas, mas por outras razões, como: compreensão da importância dessas questões para o seu negócio ou a relevância que esses temas têm para a sociedade como um todo”, descreve os pesquisadores.

Tendência

Pesquisas anteriores – sobre engajamento dos pequenos negócios brasileiros para com sustentabilidade – já demonstravam a tendência ESG no Brasil. Naquela época, mais de 90% dos entrevistados consideram importante ou muito importante a sustentabilidade para seu negócio e para o planeta.

“O Brasil é o país que tem a capacidade de fazer uma transformação ou mais, uma revolução verde em toda a sua cadeia produtiva, principalmente os pequenos negócios. Lembrando que majoritariamente o universo empresarial brasileiro é feito de pequenos empreendedores, sejam eles formais ou informais e isso é muito importante destacar porque esta é a chave”, ressalta André Schelini Diretor técnico do Sebrae/MT.

Dentre as práticas mais adotadas estão: a preocupação ambiental com a redução no consumo de água (69,2%), questão social com o cumprimento das obrigações legais trabalhistas – salário e benefícios (92%) e a promoção de conduta ética e transparente por parte dos proprietários e gestores (90,3%), sob o ponto de vista da governança.

Sigla pouco conhecida

Apesar de a maioria dos empreendedores desconheceram a sigla ESG ou ASG (80,6% nunca ouviu falar), a pesquisa realizada pelo Sebrae/MT identificou um alto nível de importância das práticas ESG para as empresas.

A questão ambiental também foi destaque, considerada importante por 90% dos entrevistados, acompanhada por governança (87,03%) e social (81,7%).

O diretor Técnico do Sebrae/MT pondera que as principais práticas aplicadas são as que tem algum retorno financeiro para a empresa.

“Temos uma população e um universo empresarial preocupado para com os aspectos da sustentabilidade. As principais práticas implementadas são aquelas que estão relacionadas a um retorno financeiro para a empresa. Porque para muitas [prática] ainda é um custo e não investimento, pois não vê retorno”, explica André Schelini.

Algumas ações como eficiência energética, a gestão de água, resíduos, contratação de pessoas com orientação sexual diversas, ambiente mais seguro são as mais adotadas. Porém, há uma parcela de empreendedores que não adotam nenhuma prática ESG.

“ Para nós do Sebrae, como instituições, temos de atuar com o contingente de pessoas que foram ouvidas e que não tiveram o interesse de aprofundar essas práticas. Talvez é uma camada da sociedade que essa conscientização não alcançou e um dos objetos dessa pesquisa é, justamente, aprofundarmos e fomentar ambientes empresariais favoráveis e também ecossistemas inovadores, dentro de um mercado cada vez mais seletivo em relação as práticas ESG”, finaliza.

Práticas mais adotadas em ESG

Ambiental: no aspecto ambiental as quatros principais práticas adotadas foram a redução no consumo de água (69,2%); separação de lixo e resíduos para reciclagem (68,4%); redução do consumo de energia (66,6%); redução no consumo de papel (66,3%) e a redução na quantidade de lixo e resíduos descartados (64,1%).

Social: as práticas citadas foram o cumprimento com as obrigações legais trabalhistas – salário e benefícios (92%); disponibilização de ambientes de trabalho seguros (89,4%), Combate à discriminação em todos seus aspectos, seja racial, de gênero, religião…, (82,8%) e valorização da diversidade no ambiente de trabalho (73,7%).

Governança: já quanto às práticas de governança foram citadas a promoção de conduta ética e transparente por parte dos proprietários e gestores (90,3%); proibição da prática de pagamentos e recebimentos ilegais (88,5%); pagamento em dia de impostos, taxas e demais encargos previstos na lei (85,2%) e realização de prestação de contas para partes interessadas (80,2%).

Pesquisa

A Pesquisa sobre o engajamento dos pequenos negócios brasileiros às práticas ESG do Sebrae/MT entrevistou 3.623 donos pequenos negócios, sendo eles Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP).

A pesquisa é quantitativa com amostra aleatória simples, aplicada por telefone e ponderada por porte e unidade federativa. O erro amostral é de 1,1% e nível de confiança de 95%.

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